Resumo do trabalho:
O presente trabalho apresenta-se como um estudo que teve como objetivo geral conhecer e analisar as representações sociais que os professores do IFRN, Campus Natal/Zona Norte, têm dos alunos do Programa Nacional de Integração Profissional à Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos (PROEJA). Tal programa foi institucionalizado em 2006 por meio de um decreto federal, e acreditamos que sua proposta é a de garantir a operacionalização de um direito que há muito tempo estava sendo renegado. No entanto, desde o momento de sua implantação, o PROEJA tem apresentado vários desencontros. Um deles é o fato de o programa ter passado a existir sem antes ter havido maior discussão na rede federal de ensino acerca dos princípios do programa e, sobretudo, sem haver maior preparo dos docentes para atuarem na modalidade específica de educação de jovens e adultos. Dessa maneira, frente ao desafio de lidar com o novo e o desconhecido, os professores passaram, no exercício da docência, a construir algumas representações acerca dos alunos do PROEJA. Por meio da leitura de alguns teóricos, a exemplo de Mazotti (1994), que parte da teoria das representações sociais elaborada por Moscovici (1978), desenvolvemos uma pesquisa que utilizou a aplicação de entrevista semiestruturada e aplicação do teste por Associação Livre de Palavras (TALP) como instrumentos de coletas de dados. Para analisarmos os dados, utilizamos o método de análise de conteúdo. Os resultados das nossas análises apontaram para existência de dois núcleos centrais que fundamentam os significados que os professores atribuem aos alunos do PROEJA: interessados e desinteressados, evidenciando que, para grande maioria dos professores, as situações de insucesso no Programa advêm unicamente das condições dos alunos e que, dessa maneira, para a grande maioria dos professores, pouco ou quase nada pode ser feito para mudar essa realidade. Em razão disso, apontamos a necessidade urgente de um trabalho de intervenção que ajude os docentes a ressignificarem os sentidos atribuídos aos sujeitos do PROEJA, os quais tendem a funcionar como obstáculos à ação pedagógica.
PALAVRAS-CHAVE: Educação de jovens e adultos, representações sociais, professores e alunos.
Danilma de Medeiros Silva
Assistente Social
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